Incenso Nhá Chica

O incenso Nhá Chica, produzido pela Milagros, possui intensidade 3/5 e é uma homenagem à Beata Francisca de Paula de Jesus. Essa pequena senhora, nascida aqui em nossa cidade de São João del-Rei - MG, passou grande parte de sua vida na também cidade mineira de Baependi, no início do século XIX. Nhá Chica conquistou enorme admiração por sua vida piedosa e por atender a todas as pessoas que a ela se dirigiam pedindo orações e milagres.

Com um delicado perfume de rosas, este incenso é um convite à oração: “Isto acontece porque rezo com fé!” era a sua resposta a todos que lhe perguntava sobre os milagres que fazia. Contém 500g.

_____________________________

História, Uso e Significado do Incenso

O incenso é uma resina aromática, extraída em forma de lágrimas da árvore Boswellia serrata, pertencente à família das terebintáceas. Seu uso, registrado desde a Antiguidade, perpassa diferentes povos: os pagãos o queimavam diante de seus ídolos; os israelitas, por mandamento divino, ofereciam-no sobre o altar de ouro no interior do templo; e os cristãos, que inicialmente o evitavam na liturgia para afastar qualquer suspeita de idolatria, passaram a empregá-lo a partir do século IV como perfume sagrado para os lugares litúrgicos. Com o tempo, seu uso consolidou-se como um rito solene, associado à incensação de altares, imagens, ministros e objetos sagrados, revestindo as celebrações de dignidade e reverência.

Na liturgia católica, o incenso é utilizado em momentos de especial solenidade: missas festivas, bênçãos com o Santíssimo Sacramento, procissões, funerais e ritos específicos, como a colocação de cinco grãos no círio pascal — em memória das cinco chagas de Cristo — e de três grãos no sepulcro das relíquias do altar, evocando o “aroma da santidade”. Também é usado na proclamação do Evangelho, cujas santas palavras exigem, pela tradição, essa manifestação simbólica. Mais do que um elemento ornamental, o incenso exprime a adoração direta ou indireta ao Senhor, a veneração das imagens dos santos, a reverência às pessoas e aos corpos inânimes dos fiéis, bem como a comunicação de pureza, a oferta de oração e a súplica de proteção contra as influências do maligno.

Símbolo visível da oração que sobe ao trono do Altíssimo, o incenso envolve a liturgia com um perfume que recorda a presença de Deus e convida ao recolhimento. Seu uso, impregnado de significado teológico e tradição milenar, transforma cada celebração em um ato de culto mais profundo, onde aroma e gesto se unem para glorificar o Criador com beleza, devoção e solenidade. (cf. Curso de Liturgia do Pe. João Batista Reus, 1944, pp. 72-73)